Travar utilizando o motor é uma técnica de condução que permite reduzir a velocidade do veículo através do motor, sem necessariamente acionar o pedal do travão, convertendo a energia cinética do veículo em calor ou eletricidade. Esta prática é frequentemente utilizada em veículos equipados com motores de combustão interna. No entanto, também é possível utilizar esta técnica em carros elétricos, desde que a energia cinética seja convertida em eletricidade para posterior recuperação ou dissipação.
Nos motores de combustão, esta técnica é possível devido à resistência interna do motor. Quando é fornecido combustível, esta resistência é ultrapassada pela energia libertada durante a combustão. Se a alimentação de combustível for interrompida, a resistência interna do motor tende a diminuir a sua rotação. Assim, se o veículo estiver engrenado e a alimentação de combustível for cortada, a resistência do motor resulta numa redução da velocidade do veículo.
Cada mudança de velocidades está associada a uma faixa específica de velocidade do veículo. Ao reduzir para uma mudança inferior e interromper a alimentação de combustível, a velocidade do veículo diminui.
Em termos práticos, travar com o motor envolve reduzir para uma mudança inferior com o intuito de diminuir a velocidade do veículo. No entanto, esta técnica de travagem pode e geralmente deve ser complementada pelo uso do pedal de travão.
Aplicação na condução
Regra geral, conduzir na mudança adequada à velocidade de circulação aumenta a segurança. Como tal, esta prática pode e deve ser devidamente utilizada em todas as situações de condução que requeiram um abrandamento do veículo. Contudo, torna-se particularmente relevante recorrer à capacidade de travagem do motor em algumas situações específicas que são apresentadas abaixo:
- Na condução em longos percursos com declives acentuados, travar com o motor complementa o sistema de travagem. Utilizar apenas o travão de pé nestas situações pode levar a um sobreaquecimento e a um desgaste desnecessário do sistema de travões. Para além do mais, o sobreaquecimento das pastilhas de travão devido a uma utilização extrema e prolongada pode reduzir a eficácia de travagem e diminuir consideravelmente a segurança da condução.
- Em aproximação a curvas, esta prática permite aumentar a estabilidade do veículo, dá mais controlo sobre o mesmo e complementa o sistema de travagem. Para além do mais, prepara o automóvel para uma aceleração na saída da curva. Curvar torna-se mais seguro.
- Em piso molhado a travagem com o motor aumenta o controlo sobre o carro e apoia o sistema de travagem. Com esta técnica a probabilidade de despiste numa situação de travagem extrema diminui.
- Numa situação de travagem a baixas temperaturas exteriores a estabilidade do veículo é mais alta quando o uso do travão de pé é complementado por esta prática. Devidamente utilizada para auxiliar o sistema de travões, esta prática reduz a probabilidade de derrapagem do automóvel.
- Em caso de emergência, se o sistema de travões falhar, travar com o motor é o último recurso. Obviamente, em comparação com uma travagem combinada de travão de pé e motor, uma travagem apenas de motor leva tendencialmente a uma distância de travagem maior. Ainda assim, pode fazer a diferença numa situação extrema.
Saber reduzir a velocidade com a ajuda do motor é importante para uma condução responsável, segura e económica. Esta prática consiste na redução da velocidade de um automóvel através da suspensão da alimentação de combustível e da redução para uma mudança menor, adequada à velocidade alvo. Na maioria dos casos esta forma de travagem pode e deve ser auxiliada pelo travão de pé. O uso consistente desta prática aumenta a segurança e a estabilidade na condução, é particularmente útil durante a condução em percursos sinuosos e com declives acentuados. Regra geral, auxiliar o sistema de travagem com esta técnica leva a um menor desgaste do sistema de travões e poupa combustível.
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